quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Ambiente de trabalho ideal

Premiação destacou a empresa de tecnologia Chemtech, vencedora da 11ª edição brasileira do Great Place to Work

Promovida pelo Instituto Great Place to Work e pela Revista ÉPOCA, a 11ª edição da premiação Melhores Empresas para Trabalhar reuniu 100 empresas na noite desta segunda-feira (20), no Credicard Hall, em São Paulo.

O grande destaque foi a Chemtech, empresa de tecnologia fundada há 18 anos por três engenheiros químicos, no Rio de Janeiro. O segundo lugar ficou com a empresa Zanzini Móveis, com sede em Dois Córregos, interior de São Paulo, e a terceira colocada foi a Serasa, de São Paulo, campeã da premiação no ano passado.

Além da premiação principal, outras cinco categorias foram contempladas. O prêmio de melhor empresa para mulheres trabalhar foi vencido pelo Magazine Luiza, que também foi considerada o oitavo melhor ambiente de trabalho. A Serasa foi novamente destaque e liderou o ranking das melhores empresas de grande porte, que têm faturamento superior a R$ 80 milhões.

Entre as empresas mais jovens, que têm o maior número de colaboradores com até 25 anos, a rede americana McDonald’s encabeçou a lista. No ranking das empresas que mais criaram vagas, o destaque ficou com a AT&T. A vencedora Chemtech foi novamente homenageada no ranking as melhores de pequeno e médio porte, que congrega empresas com faturamento inferior a R$ 80 milhões.

Confira a lista dos 10 primeiros colocados da premiação principal:

1. Chemtech
2. Zanzini Móveis
3. Serasa
4. Microsoft
5. Caterpillar
6. FedEx
7. Pormade
8. Magazine Luíza
9. Laboratório Sabin
10. Apsen


Renata Magalhães

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

É preciso acabar com os “babacas” no trabalho

Os chefes descontrolados dão prejuízo às empresas, diz o professor da Universidade Stanford

O professor Robert Sutton, de 53 Anos, da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, não tem pudor de dizer claramente o que pensa. Mesmo que precise usar palavrões para se fazer entender. Uma prova disso é o título que escolheu para seu novo livro - The no Asshole Rule (A Regra de não Aceitar Babacas), lançado no mercado americano em fevereiro e ainda não disponível no país. No livro, Sutton mostra da forma mais direta possível o que devemos fazer para sobreviver num ambiente de trabalho dirigido por chefes brutais. Segundo ele, os babacas custam caro às empresas. Diminuem a capacidade das equipes de inovar, não sabem manter os talentos e ainda podem levar as organizações a pagar indenizações por processos de assédio moral. Para sobreviver a chefes assim, ele recomenda distanciamento emocional e o cultivo da indiferença.

Por causa do uso da palavra asshole, da qual Sutton não quis abrir mão, a Harvard Business School Press, editora ligada à tradicional escola de administração da Universidade Harvard, recusou-se a publicar o livro. Lançado pela Warner Business Books, tornou-se rapidamente um best-seller no mercado americano. Em junho, o livro será lançado no Brasil pela editora Campus-Elsevier, que optou por adotar o título Chega de Babaquice! . Ele diz que as pessoas costumam buscar sinônimos: arrogantes, autoritários, truculentos, mal-educados. Mas afirma que a palavra babaca é a única que exprime exatamente o conceito que eu queria transmitir.

ROBERT SUTTON
• FORMAÇÃO
É ph.D. em Psicologia Organizacional pela Universidade de Michigan e professor de Administração do departamento de engenharia da Universidade Stanford, ambas nos Estados Unidos

• ATUAÇÃO PROFISSIONAL
É palestrante e consultor de empresas como General Motors, IBM, Pepsi e Xerox

• VIDA PESSOAL
Nasceu em Chicago, em 1954. É casado e pai de três filhos. Atualmente mora em Menlo Park, uma pequena cidade localizada na Califórnia

ÉPOCA - Por que o senhor decidiu colocar a palavra babaca no título?
Robert Sutton
- (Risos.) Primeiro, porque chama a atenção. Depois, porque todo mundo sabe seu significado. Todo mundo trabalha ou trabalhou com um babaca no escritório. Além disso, é uma palavra que não tem sinônimo. Quando encontro uma pessoa grosseira, que humilha os outros, um tirano, logo penso: que babaca! É uma palavra precisa para definir pessoas que costumam destruir os colegas de trabalho. Nas empresas, os funcionários costumam usar termos mais educados. Dizem que os babacas são arrogantes, autoritários, truculentos, mal-educados. Mas isso é pouco. A palavra babaca é a única que exprime exatamente o conceito que eu queria transmitir.

ÉPOCA - E o que é, exatamente, um babaca?
Sutton
- É aquela pessoa que grita, humilha os subordinados, diz que o que o funcionário faz sempre é ruim ou está errado. Geralmente, faz isso na frente dos outros. Outra atitude comum dos babacas é ignorar a presença dos subordinados. Passa por eles e não os cumprimenta. Simplesmente finge que eles não existem. É aquela pessoa que humilha os outros com freqüência. Faz com que as pessoas se sintam oprimidas e sem energia. São intimidadores e, às vezes, não precisam usar as palavras para intimidar. Fazem isso apenas com olhares e atitudes. É diferente da pessoa que está num dia ruim e tem um acesso de raiva. O babaca tem essas atitudes com freqüência. Eles costumam ocupar cargos de chefia e exercitam a crueldade com subordinados. É muito difícil encontrar um babaca que não tenha poder.

ÉPOCA - Sua tese reforça a idéia de que, quanto mais babaca a pessoa é, mais facilidade ela tem de ter sucesso na carreira...
Sutton
- Existem alguns mitos em torno dos babacas. Por eles serem estúpidos com as outras pessoas, passam a imagem de que têm autoridade, competência. Segundo alguns estudos realizados nos Estados Unidos, a agressividade é, muitas vezes, entendida como sinal de competência. Mas os babacas são ruins para as empresas. Fazem mal aos outros funcionários, a eles próprios e ao negócio.

ÉPOCA - Como eles fazem isso?
Sutton
- Tiram energia e motivação dos times que comandam. Seus funcionários ficam doentes, estressados e deprimidos. Fazem mal a si mesmos porque, em geral, sofrem retrocessos na carreira e humilhações. Além disso, os babacas aumentam a taxa de absenteísmo, distração, dispersão e a rotatividade de funcionários. Isso se reflete no resultado. Desmotivados, os funcionários também deixam de ter idéias, de inovar e de ser criativos. Os babacas ainda trazem custos legais para as empresas. Em países como o Reino Unido, os funcionários estão entrando com processos na Justiça contra as empresas. Eles alegam ter sofrido humilhação no trabalho. E as indenizações que recebem são altas.

ÉPOCA - Mas os babacas são tão antigos quanto a humanidade. Por que agora se deseja exterminá-los das empresas?
Sutton
- Hoje, o diferencial competitivo são as pessoas. As empresas estão brigando muito para ter e manter as melhores pessoas. Quando as melhores pessoas encontram babacas na chefia, mudam de emprego. As empresas não podem deixar seus funcionários agir como bem entenderem, se quiserem manter seus talentos. Precisam deles para competir no mercado. Nunca o capital humano foi tão valorizado como nos dias de hoje.

Teste: Voce é um babaca?

http://editora.globo.com/pesquisas/quiz_epoca_140507.htm

Laura Vilhena

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Sebrae-SP Desenvolve Programa Empresarial para Crianças


O Sebrae sempre trabalhou com microempresário mas, desta vez, a entidade decidiu voltar a sua atenção para pequenos empreendedores até mesmo no tamanho. Como prova da nova perspectiva, o órgão acaba de lançar o Programa Empresários do Futuro, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), destinado às crianças da 1ª a 8ª séries do 1º grau, das escolas públicas e privadas visando despertar nos alunos a consciência de uma cultura empreendedora.O programa, cuja metodologia foi desenvolvida por técnicos do Sebrae, possui 16 módulos e, nele, os estudantes aprendem noções de compra e venda, contabilidade, caixa, gerenciamento de pequenos comércios, além de trabalhar com conceitos que oferecem novas possibilidades de emprego. "Nosso objetivo é mostrar aos alunos que o modelo mental de que só existe oportunidade de trabalho para quem está empregado, não corresponde mais à realidade, e que o jovem pode mudar seu destino tendo seu próprio negócio", destaca Fernando Leça, diretor superintendente do Sebrae-SP.Ainda segundo ele, o programa Empresários do Futuro está baseado em iniciativas semelhantes existentes no mundo inteiro, calcadas na necessidade de disseminar a cultura empreendedora. Para Leça, com a globalização e o avanço tecnológico, as empresas que tradicionalmente eram grandes empregadoras como as montadoras de automóveis, por exemplo, vêm desempregando nos últimos anos. Estas empresas, conforme ele, estão renovando suas plantas industriais introduzindo novas técnicas que são liberadoras de mão-de-obra e adotando um processo acelerado de automação. Em razão deste cenário, o superintendente do Sebrae-SP diz ser muito importante desenvolver nas crianças a consciência do empreendedorismo para que "lá na frente, quando o jovem já tiver se formado, saiba que existe a alternativa de se tornar um empresário", salienta.Segundo pesquisas realizadas pelo Sebrae-SP, 54% das empresas não alcançam três anos de vida. Contribuem para esse desempenho catastrófico, fatores que vão desde o desconhecimento do negócio à falta de uma análise mais detalhada do lugar onde ele foi instalado. Leça acredita que falhas como estas trazem sérios prejuízos aos empreendedores que fecham seus negócios porque perdem suas economias. "O fracasso da atuação das empresas também representa uma retração na geração de empregos, uma vez que diminui as possibilidades de trabalho e interrompe o crescimento econômico do País", ressalta.Embora o fechamento precoce de empresas não seja um fenômeno apenas brasileiro, visto que também acontece nos países de primeiro mundo, o fato é que, nestes lugares, o índice de mortalidade empresarial não ultrapassa 30%. Desta forma, Fernando Leça avalia que, quanto mais rápido as crianças brasileiras forem imbuídas de uma mentalidade criativa e empreendedora, mais depressa o Brasil terá condições solucionar este problema. Na sua visão, apesar da importância do programa, o Sebrae-SP não poderá tocá-lo sozinho e precisará da colaboração das demais forças produtivas da sociedade para ampliá-lo. O lançamento do Empresários do Futuro na sede da federação ocorreu justamente para sensibilizar o grande, o médio e o pequeno empresário em relação à iniciativa. Em breve, o Sebrae-SP deverá promover a campanha Adote uma Escola, na qual empresas privadas poderão atuar como parceiras ao custear a participação dos estudantes no programa.
Postado por,
Adriano Benício.